terça-feira, 11 de maio de 2010

Título: O Peregrino

Autor: João Bunyan – Imprensa Metodista

Começa o sonho do autor, na prisão de Bedford. Cristão, com um fardo nas costas, lê um livro e clama: Que hei de fazer? Seu nome era Privado da Graça, da linhagem de Jafé. Evangelista lhe diz: “fugi da ira vindoura”, apontando-lhe a porta estreita. Foram ao seu alcance Obstinado e Flexível, mas o primeiro voltou logo, e Flexível fez o mesmo assim que caiu num lodoçal, voltando correndo para a sua casa, dizendo que se a viagem começava assim de bom grado dispensava a sua parte no tal decantado país. Cristão foi salvo por Auxílio, que lhe explicou que se tratava do Pântano da Dificuldade, que é para onde afluem as imundícies dos que se dirigem para a convicção do pecado. Cristão continuou sua caminhada mas foi desencaminhado por Sábio-Segundo-o-Mundo, que lhe indicou Legalidade e Urbanidade. É interessante notar que, segundo o livro, a pessoa que teve convicção do pecado pode não encontrar a porta estreita, sendo desencaminhada para seitas. Quando pensou que fosse morrer, Cristão voltou a encontrar Evangelista, que lhe disse que a pessoa a quem ele se dirigia não era capaz de livrá-lo do seu fardo e que ele deveria preferir a cruz a todos os tesouros. Finalmente ele chegou à porta estreita, onde bateu e Boa Vontade o atendeu e puxou com força para dentro, dizendo que esta porta fica perto do castelo de Belzebu e seus soldados, os quais despedem setas contra aqueles que se aproximam para tentar matá-los antes que entrem. Boa Vontade lhe disse “a ninguém lançamos fora” e indicou-lhe o caminho, dizendo que havia muitas encruzilhadas e atalhos bastante largos, mas a regra para distinguir o verdadeiro caminho é: sempre reto e estreito (Mateus 7:14). Mandou-o continuar levando seu fardo alegremente, até chegar onde por si mesmo ele haveria de cair de seus ombros. Cristão seguiu pelo caminho por onde passou Jesus, os patriarcas, os profetas e os apóstolos, até que chegou à casa de intérprete, que lhe mostrou coisas interessantes e muito úteis. Depois Cristão seguiu marchando por uma estrada que era protegida por ambos os lados por duas muralhas chamadas Salvação, até que chegou à cruz, num monte, junto à uma sepultura, onde apareceram três seres resplandecentes. O primeiro lhe disse: “Perdoados te são os pecados” (Marcos 2:5); o segundo vestiu-o com um traje de gala (Zacarias 3:4); e o terceiro lhe pôs um sinal na fronte (Efésios 1:13), entregando-lhe um diploma que deveria ser entregue quando chegasse à Cidade Celestial. Seu fardo rolou para a sepultura e Cristão continuou alegremente, mas perdeu o diploma num lugar de descanso, adormeceu onde deveria vigiar, mas depois encontrou o documento e ficou muito feliz. Chegou então pelo Palácio Belo, onde passou a noite e conversou com quatro virgens: Discrição, Prudência, Piedade e Caridade. Dormiu na Sala da Paz, que tinha a janela para o nascente e dali avistou o País de Emanuel, donde se é possível avistar a Cidade Celestial. Cristão seguiu e encontrou Apolião, no Vale da Humilhação, onde lutaram e Cristão venceu com a espada (a Palavra de Deus). Então uma mão misteriosa lhe ministrou algumas folhas da árvore da vida e ele ficou curado dos ferimentos. Passado o Vale da Humilhação, Cristão entrou no Vale da Sombra da Morte, que é atravessado pelo caminho que conduz à Cidade Celestial (Jeremias 2:6), um deserto, terra despovoada, de sede, imagem da morte, terra na qual não andou varão sem ser cristão, mas ele recorreu à espada e à oração. No meio do vale abre-se a boca do inferno, donde saem chamas e rugidos infernais. Quase no final do vale Cristão encontrou Fiel, que lhe contou que encontrou uma dama chamada Sensualidade, que lhe prometeu toda espécie de prazeres, mas ele fechou os olhos para não ser enfeitaçado. Seguindo o caminho eles encontraram Loquaz (muitas palavras e nenhuma obra), e Fiel fala-lhe com sinceridade, para não cair nele o seu sangue, se morrer. Depois ambos encontraram Evangelista, que lhes diz para serem fiéis até a morte. Eles entraram na Feira da Vaidade, criada porque há quase cinco mil anos peregrinos já se dirigiam à Cidade Celestial, então Belzebu, Apolião e Legião estabeleceram tal feira, vendo que era forçoso que os peregrinos por aí passassem. Nessa feira Fiel foi julgado e morto da maneira mais cruel que puderam inventar, mas o autor viu um carro tirado a dois cavalos e ele foi arrebatado às nuvens, ao som de trombetas, rumo à porta celestial. Cristão encontrou Esperança, que seguiu caminho com ele. Encontraram Demas e a Colina do Lucro, sendo que se desviaram do caminho e foram presos no Castelo da Dúvida pelo Gigante Desespero, mas conseguiram escapar com a chave chamada Promessa, que abre todas as portas do Castelo. Chegaram às Montanhas das Delícias, onde comeram livremente do fruto da vida. Os pastores que ali estavam disseram que estas montanhas são o país de Emanuel, e disseram que a distância dali até a Cidade Celestial é grande para os que nunca hão de chegar, mas muito pequena para os perseverantes (Oséias 14:9). Dali eles avistaram de longe a porta do céu e continuaram a viagem, tendo encontrado Ignorância, que não entrou no caminho pela porta. Depois foram desencaminhados pelo Adulador e cairam numa rede, mas um resplandescente os soltou e os castigou. Chegaram então no País Encantado, cuja atmosfera torna sonolentos todos os estrangeiros, mas conversando conseguiram passar por esta terra e depois chegaram à Terra de Beulá, onde o ar é muito doce e agradável e o dia é permanente, por estar muito próximo da Cidade Celestial e estar dentro dos limites do céu. Nesse país se renovou o contrato entre o Esposo e a Esposa. Quanto mais entravam nesse país, maior era o seu regozijo, e o reflexo dos raios do sol fez com que eles adoecessem de desejo. Chegaram ao rio, onde só Enoque e Elias passaram por cima. Ao tentar atravessar Cristão começou a afundar e Esperança o ajudou. Eles deixaram no rio o vestido dos mortais e subiram mais alto que as nuvens e foram transfigurados, mas Ignorância foi lançado fora.

4 comentários:

  1. Li este livro muitas vezes, não me lembro quantas vezes mas talvez umas dez. Apesar da aparente simplicidade da escrita, dá para notar que o autor foi inspirado por Deus. Não falo daquela inspiração bíblica, das escrituras sagradas, mas fica claro que houve alguma forma de inspiração pois são muito profundas as figuras apresentadas durante toda a obra, além de estar de acordo com a verdade bíblica. Pretendo, em breve, comentar particularmente alguns capítulos, nem que seja apenas os primeiros, dando minha opinião sobre alguns dos símbolos ali contidos. Sérgio

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  2. Esse livro parece ser maravilhoso mesmo!! Muito bom esse resumo!!

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  3. Eu também li esse livro várias vezes. É uma obra importante e traz grandes conselhos para o cristão que deseja ser fiel até o fim.

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  4. Eu também li esse livro várias vezes. É uma obra importante e traz grandes conselhos para o cristão que deseja ser fiel até o fim.

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